Quando somos pequenos as horas demoram a passar, os dias são lentos, e há tempo para tudo!
À medida que vamos crescendo, e as responsabilidades vão aumentando, primeiro no pré-escolar, depois no primeiro ciclo, depois no segundo… e por aí adiante, as obrigações académicas, as actividades extra curriculares, e as obrigações do quotidiano começam a toldar os dias de crianças e adolescentes sendo difícil ter tempo para tudo! A eles, o que ainda os safa, são os 3 meses de férias no verão, e as duas semanas no Natal e Páscoa. Mesmo assim, se os ouvirmos, as queixas começam a ser muitas pois o tempo não chega para brincar, para pular, para estar com os amigos, para estar com os pais e fazer o que se gosta!
O tempo passa e as responsabilidades continuam a aumentar, vêm os exames (o papão dos mais crescidos!), vêm as médias, vêm as escolas profissionais, vêm os cursos……. vem o trabalho, e (quando damos por nós..) já somos adultos!
E é nesta fase em que somos adultos, onde as 8 horas para trabalhar muitas vezes não chega, as obrigações de casa e do quotidiano aumentam, e consecutivamente, aumentam as exigências familiares, as exigências profissionais, as exigências monetárias, …, que começamos a dizer “não temos tempo”. Primeiro não temos tempo para os amigos, depois não temos tempo para as caras metade, depois não temos tempo para os filhos… e pior, todos têm que compreender que não há tempo!
E é aqui que é importante pararmos e repensarmos as nossas prioridades, pois como diz o povo, quando se quer consegue-se, quando não se quer, arranjam-se desculpas!
E sim, sabemos que genuinamente é complicado, e por vezes não se consegue mais do que realmente 15 minutos de qualidade, mas não será apenas esse tempo genuíno em relação que os nossos filhos nos pedem? que as pessoas que amamos e com quem partilhamos as nossas vidas nos pedem? E mais do que isso, não será esse tempo de partilha e relação fundamental para se continuar em família, para se continuar com objectivos, para se continuar bem e felizes?
Por mais que o tempo seja curto, por mais que as obrigações sejam grandes, se decidimos existir em família, se decidimos trazer ao mundo crianças, se decidimos ser e estar com o que nos faz sentido (os outros!) então temos de nos lembrar todos os dias disso e procurar perder menos minutos a discutir, a zangar, a mandar vir com os mais novos (que apenas querem a nossa atenção), e ganhar mais minutos a sorrir, a partilhar, a dar mimo, a brincar, a estar com as pessoas mais importantes da nossa vida!!
A vida é cheia de desafios, a forma como os encaramos e os vivemos é escolha de cada um!