As crianças passam o seu dia na escola e os níveis de exigência são cada vez mais elevados. No fim do dia, o trabalho da escola invade as casas, e as famílias têm de gerir e lidar com os trabalhos de casa, os recados na caderneta, as notícias boas e más que os mais pequenos lhes trazem.
Esta gestão não é fácil e a tendência inicial é tentar “salvar” a criança da escola, ajudando-a a fazer os trabalhos de casa, a repreender e pôr de castigo pelo seu comportamento, a virar o mundo para dar resposta à escola.
Esta decisão, apesar de ser a imediata, traz consequências directas ao nível das relações familiares, visto que, o pouco tempo e espaço que os pais têm para estar com os filhos, passa a ser revestido do tema escola na sua totalidade, e na maioria dos casos, a resistência por parte das crianças começa a aumentar e com isso os conflitos e as frustrações!
Claro que os pais têm de saber, têm de orientar, têm de chamar à responsabilidade, têm de os ajudar a crescer e educá-los! Contudo, os pais não podem nem devem ser professores, não podem nem devem ser explicadores, e muito menos, podem ser polícias dos filhos nas consequências do que acontece na escola!
Acompanhar sim, comunicar com a escola e intervir em conjunto sim, substituir a escola no seu papel e promover uma continuidade negativa, não é aconselhável!
Como tal, o encontrar de um equilíbrio e ponderação na gestão da escola em casa é muito importante e é dos maiores desafios que os pais têm diariamente na relação com os mais novos.
No programa da TSF Pais e Filhos, abordei um pouco este tema, reflectindo sobre a necessidade deste equilíbrio para a promoção de relações familiares saudáveis!
http://www.tsf.pt/programa/tsf-pais-e-filhos/emissao/convite-a-ponderacao-5547063.html